OS TEUS SEIOS, . . LINDOS,. . .LINDOS
A UM SEIO
O teu pequenino seio
De transparência azulada,
Foi uma espera doirada
Que se partiu pelo meio :
Cada metade após veio
E ao teu peito se colou :
Foi assim que Deus criou
O teu pequenino seio . . .
Mas, talvez falta de jeito ,
Ao dispô-las no teu colo ,
Formou-lhes mesmo no pólo
Um róseo bico de peito .
Tão rosado e pequenino
Que por sobre a pele langue
Semelha a gota de sangue
D'algum coração divino . . .
Sobre essa pele dos ninhos
Enroscam-se as veias verdes ,
Em que tu as horas perdes
A seguir-lhes os caminhos .
Elas correm sinuosas ,
Desde o peito até aos bicos
D'esses dois montes, dois picos ,
Da cor dos botões de rosas . . .
Têm a lanugem doirada
Em volta disposta em franja ,
Dando-lhe a cor da laranja ,
D'uma laranja encantada !
Eis porque digo ao teu seio
De transparência azulada ;
Que foi espera doirada
Que se partiu pelo meio ! . . .
Manoel Penteado
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