quinta-feira, 25 de maio de 2006
domingo, 21 de maio de 2006
sábado, 20 de maio de 2006
sexta-feira, 12 de maio de 2006
terça-feira, 9 de maio de 2006
segunda-feira, 8 de maio de 2006
domingo, 7 de maio de 2006
sexta-feira, 5 de maio de 2006
DE MIM PARA TI (Tarde)
TARDE
Vi-te, e fiquei pensando na ventura
de quem um dia te há-de desposar,
e na horrível e trágica tortura
de quem te vê sem te poder amar.
Quando, ao vir da manhã, sais e te perdes
da aldeia pelos humidos caminhos,
á luz que brota dos teus olhos verdes
emudecem, de encanto, os passarinhos.
De quem herdaste o busto de Rainha?
Quem sabe se seria tua mãe
aquela meiga e pálida Joaninha
do Vale de Santarém.
Para que foi que te encontrei na estrada
da minha vida tortuosa e má?
Desponta para ti a madrugada,
e eu vejo o poente no horizonte já !
E nem calculas a amargura infinda
que me avassala o intimo do ser,
ao ver que te encontrei, oh Sempre-Linda,
cedo de mais p'ara não te amar ainda,
tarde de mais p'ara t'o poder dizer !
Campos Monteiro
Vi-te, e fiquei pensando na ventura
de quem um dia te há-de desposar,
e na horrível e trágica tortura
de quem te vê sem te poder amar.
Quando, ao vir da manhã, sais e te perdes
da aldeia pelos humidos caminhos,
á luz que brota dos teus olhos verdes
emudecem, de encanto, os passarinhos.
De quem herdaste o busto de Rainha?
Quem sabe se seria tua mãe
aquela meiga e pálida Joaninha
do Vale de Santarém.
Para que foi que te encontrei na estrada
da minha vida tortuosa e má?
Desponta para ti a madrugada,
e eu vejo o poente no horizonte já !
E nem calculas a amargura infinda
que me avassala o intimo do ser,
ao ver que te encontrei, oh Sempre-Linda,
cedo de mais p'ara não te amar ainda,
tarde de mais p'ara t'o poder dizer !
Campos Monteiro